quinta-feira, 26 de abril de 2018

Artemisa vence concurso de escrita criativa da Semana da Leitura

A Aventura da Bola de Cristal

Há algum tempo atrás, em Sintra, vivia uma menina chamada Alice que tinha um cão chamado Pitéu.
A Alice costumava passear o Pitéu no jardim onde se encontrava com o seu amigo Rodrigo. O Rodrigo tinha um gato chamado Alecrim. Apesar de ser um gato, ele era muito amigo do cão Pitéu.
Um dia, o Pitéu andava a brincar com o Alecrim e encontrou, no meio de um canteiro, uma coisa estranha. 
– O que trazes aí, Pitéu? – perguntou Alice. O Pitéu trazia na boca uma bola de cristal.
_ Rodrigo, anda cá ver! – exclamou Alice.
Os dois ficaram espantados a olhar a bola sem saber o que era.
– Vamos investigar! – sugeriu o Rodrigo.
– Será que é mágica? – perguntou a Alice.
– Naaa! – discordou o Rodrigo. – Deve ser de um dos vizinhos!
A Alice ficou com um ar triste e, de repente, a bola começou a brilhar.
– Rodrigo, Rodrigo! A bola está a brilhar! Está a aparecer uma cara!
Nesse momento Alice desapareceu para dentro da bola. O Rodrigo não queria acreditar.
– Como é que entraste aí dentro?! – exclamou Rodrigo.
– Não sei! – gritou Alice. Mas Rodrigo não ouviu a resposta.
Dentro da própria bola também se passava algo. Alice virou-se e gritou:
– Aaaaaaaaaahhhh!
Um homem vestido com roupa que parecia rasgada segurava numa bola de cristal.
_ Quem és tu?- perguntou Alice.
– Quem és tu? – perguntou o homem.
– Eu perguntei primeiro. – respondeu Alice.
– Está bem. Eu sou Zec, o feiticeiro. E tu?
– Eu sou a Alice, e este é o meu cão Pitéu.
– Nunca conheci um cão pitéu. É saboroso?
– Que disparate! – zangou-se Alice – Não é para comer!
– Como é que entraste aqui? – perguntou Zec.
– Não sei. Estávamos no jardim…

– Então foi isso! – Zec nem deixou Alice acabar de falar. – Foi por isso que conseguiste entrar. O meu esconderijo bola de cristal não está no sítio certo. Ele tem de estar no fim do Arco-íris.
– O quê?! O Arco-íris não tem fim! – disse Alice.
– Ai isso é que tem! É só preciso uma mangueira e o sol a brilhar. Mas como é que vamos fazer isso agora?
– Já sei! Podemos pedir ajuda ao meu amigo Rodrigo que ficou no jardim. Só temos de conseguir falar com ele. – respondeu Alice.
– Isso é fácil, é só escrever na bola de cristal.- acrescentou Zec.
Enquanto falava, Zec escrevia: “ Molha a bola de cristal com a mangueira ao sol.”
Rodrigo continuava pasmado a olhar para a bola de cristal quando começou a ver as letras a aparecerem.
Foi a correr ligar a mangueira. Quando o sol brilhou, a bola desapareceu e Alice e o Piteú apareceram no sítio da bola.
Alice contou a Rodrigo o seu encontro com o feiticeiro Zec enquanto comiam uma bola de gelado.

Artemisa Martins Teixeira
3.º BV – EB1 da Várzea de Sintra


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