terça-feira, 19 de outubro de 2021

Clube de Leitura "A Tertulinha": rol de contos baralhados

Na 1.ª sessão do Clube de Leitura "A Tertulinha", enquadrada pela temática do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares - Contos de Fadas e Contos Tradicionais de Todo o Mundo, os alunos do Núcleo de Consolidação B partilharam as suas leituras e refletiram sobre a moral de cada conto. Concluíram que:todos conseguimos alterar a nossa vida para melhor se formos inteligentes como o Gato das Botas (Guilherme); que a Lenda dos Sete Ais explica o nome do local onde está o Palácio de Seteais (Tiago); que não devemos aceitar nada de estranhos ou ir por atalhos como fez a Capuchinho Vermelho (Zé, Deivid) ou ainda devemos fazer o que nos dizem as mães (Diogo); que quando desejamos muito uma coisa ela pode acontecer como sucedeu a Aladino com o génio da lâmpada (Gabriel); e que não se julgam as pessoas pela aparência como em O Rei Vai Nu(Leonor C.). Com A água e a águia, de Mia Couto, percebemos que aquele conto moçambicano aconteceu quando ainda não havia nada; só água e águias. Mas houve um dia em que também o mar desapareceu. Então a mais velha das águias reuniu todas as águias para encontrarem uma solução que foi tirarem o i da palavra "águia" para ficar água. Depois de todas as águias fazerem o mesmo a água voltou, mas de novo desapareceu e as águias não tiveram outro remédio senão roubarem o "i" do rio. De novo tudo voltou a secar e já não havia "i" para roubar. Foi então que a avó das águias resolveu escalar uma montanha e se lançou a voar gritando "i" e a água voltou. É por isso que as águias piam "i"! (resumo feito pela Mia). Houve ainda tempo para alguns questionamentos por parte dos mais reflexivos: "Como é que o lobo comeu a avó sem a mastigar e ela continuou viva?" - perguntou o Diogo; "Como é uma história pode não ser real..."- respondeu o Gonçalo F.; "Numa história pode-se imaginar tudo." - concluiu o Diogo. Mas o Diogo, ainda não convicto, voltou a questionar-se: "Porque é que o lobo comeu a avó se tinha tantos outros animais na floresta?". Logo o Viktor explicou: "Porque os outros animais podiam fazer mal ao lobo enquanto que a avó era inofensiva."; "Porque é que a mãe não foi com a Capuchinho e a deixou ir sozinha a casa da avó?" - também se questionou o Gonçalo, mas logo todos concluiram que a mãe devia ter de trabalhar. No final, a Professora Bibliotecária lançou um desafio às crianças e às professoras: construirem textos em que misturassem as personagens de cada conto/lenda partilhado. Foi assim que o Gato das Botas, uma Princesa Moura, o Capuchinho Vermelho, o Aladino, o Corcunda de Notre Dame e o Rei que ia nu (grupo A) ou o João Pateta, o Gato das Botas, o Capuchinho Vermelho, o Lobo, a Avozinha, o Caçador e a Águia se encontraram em enredos mirabolantes.

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